sábado, 21 de junho de 2014

Agora, o "PALESTRA ITÁLIA" está completo no céu...



Não posso negar, a notícia do passamento do ex-goleiro Oberdan Cattani, me levou as lágrimas, pois com ele, se foi uma parte importante do nascimento do meu querido Palmeiras.
"Costumo dizer que quando se vai um idoso, é como se uma biblioteca de informações se fechasse para sempre".
E Oberdan era o último remanescente vivo, do Palestra Itália, time de origem da Sociedade Esportiva Palmeiras.



Ele também fez parte de dois importantes momentos vividos pelo nosso clube de coração, a conquista da COPA-RIO de 1951, que para todos os amantes do bom futebol, foi considerada na época o Primeiro Campeonato Mundial de clubes e da Arrancada Heróica de 1942, quando o Palestra Itália morreu vencedor e deu origem ao Palmeiras Campeão.



Devido ao seu talento, Oberdan com certeza teria sido o goleiro titular das seleções de 42 e 46, mas, estas Copas do Mundo, foram canceladas devido a guerra.
Oberdan estava pronto para receber uma grande homenagem do Palmeiras, um busto seria inaugurado no clube este mês, mas, infelizmente não deu tempo.



A escalação do Palestra Itália que mais marcou na vida de Oberdan, segundo suas palavras:
"Oberdan, Junqueira e Begliomini; Zezé Procópio, Og Moreira e Del Nero; Cláudio, Waldemar Fiúme, Echevarrieta, Villadoniga e Lima"



"Agora, o PALESTRA ITÁLIA está completo no céu..." - Sérginho Caffé


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Ídolo do Palestra Itália e Palmeiras, Oberdan Cattani morre em São Paulo aos 95 anos

Ex-goleiro defendeu as cores do clube alviverde entre os anos de 1941 e 1954



O ex-goleiro do Palmeiras Oberdan Cattani morreu aos 95 anos na noite desta sexta-feira no Hospital do Servidor Público, em São Paulo, após complicações cardíacas causadas por uma pneumonia. A informação foi confirmada por Walquíria Cattani, filha do ex-goleiro, em entrevista ao UOL Esporte.
A morte do ídolo palmeirense aconteceu por volta das 23 horas desta sexta-feira. Assim que o corpo do ex-goleiro for liberado, ele será encaminhado para o Palmeiras, local do velório.
Depois do velório no clube alviverde, Oberdan será enterrado no Cemitério São Paulo, no bairro de Pinheiros, na capital.
Nota Oficial Palmeiras

Um dos maiores palmeirenses de todos os tempos, Oberdan Cattani faleceu nesta sexta-feira (20), às 23h15, na capital paulista, aos 95 anos. era o último remanescente da época em que o clube ainda se chamava Palestra Italia.
Eternizado na memória da torcida palmeirense, o ex-goleiro, em breve, ficará também imortalizado com um busto nas alamedas da sede social alviverde. A homenagem é uma forma de reconhecimento e agradecimento pelos 14 anos dedicados ao clube nos gramados, e aos 95 anos de vida e amor à camisa que tanto honrou. 
Até o momento, somente três atletas do Palmeiras estão perpetuados com um busto: Waldemar Fiume, Junqueira e Ademir da Guia – uma homenagem ao ex-goleiro Marcos também está em fase de produção. “Estou emocionado, pois foram 14 anos de Palestra Italia e Palmeiras. Receber um busto me deixa muito feliz porque é uma consideração pelo que fiz por este clube. Aqui é minha casa! A diretora está reconhecendo meu trabalho e isso me deixa emocionado”, declarou o ídolo à época da aprovação do busto, no fim de 2013.

Oberdan defendeu as cores do Palestra Italia/Palmeiras por 351 partidas, figurando até hoje entre os jogadores que mais atuaram pelo clube. “Lenda não se discute, reverencia-se. Oberdan foi emprestado ao Juventus por um ano, voltou ao Palmeiras, e nessa volta não jogou mais. Mas voltou como contratado, aqui encerrou a carreira. Não existe no estatuto nada que diga que quem jogou contra o Palmeiras não possa ter busto. Para muita gente, principalmente entre os torcedores mais veteranos, Oberdan Cattani é sinônimo de goleiro”, explica Jota Christianini, atual diretor de história e do acervo histórico do Palmeiras.

Extremamente triste com a morte de OBERDAN CATTANI, o último jogador PALESTRINO que ainda estava vivo...Fui um dos maiores incentivadores para que este ícone da história do Palestra Itália e Palmeiras recebesse uma homenagem com um busto na nova Arena ALLIANZ PARQUE, não deu tempo...ele a receberia neste mês de junho...uma pena!
Com suas mãos gigantes era o único goleiro a conseguir segurar uma bola com uma única mão...Com Oberdan, se vai uma preciosa parte da história do "Campeão do Século" que ele ajudou a construir...Descanse em paz guerreiro...em nome de todos os torcedores alviverdes...Em meu nome, e do meu querido e saudoso pai, nosso MUITO OBRIGADO! - Serginho Caffé
Vídeo - Entrevista de Oberdan ao site de Milton Neves




segunda-feira, 16 de junho de 2014

15 anos: ídolos do Palmeiras lembram conquista da Taça Libertadores de 99

Título do Verdão contra o Deportivo Cali faz aniversário nesta segunda-feira. Marcos brinca: "Se não tivesse fosso eu ia mergulhar na torcida"




“Marcos, agora é você. A galera repete e grita ‘fora’. De joelhos os jogadores do Palmeiras. Aí vem Zapata para cobrança. Partiu, Zapata. Sai que é sua, Marcos... Bateu pra fora! Acabou! Acabou! Acabou! O Palmeiras é campeão da Libertadores. Faça festa, torcedor palmeirense...”
 As palavras de Galvão Bueno que narram os últimos momentos da Taça Libertadores da América de 1999 dificilmente sairão da cabeça de qualquer torcedor do Verdão. No sufoco e com emoção até o último minuto, o Verdão superou a retranca do Deportivo Cali, da Colômbia, para vencer por 2 a 1 no tempo normal e, nos pênaltis, confirmar a maior conquista da história do clube.
Nesta segunda-feira, dia 16 de junho, a inesquecível partida contra os colombianos, disputada diante de mais de 30 mil torcedores no antigo estádio Palestra Itália, completa 15 anos. E o GloboEsporte.com ouviu alguns dos personagens que marcaram época no clube e pintaram a América do Sul de verde e branco naquela temporada.
Um dos maiores ídolos do Palmeiras, Marcos saiu do banco de reservas durante a competição e só deixou a posição em 2011, quando decidiu encerrar sua carreira. Eleito pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) o melhor jogador da Libertadores de 1999 – a primeira vez de um goleiro no torneio –, o ex-atleta guarda na memória até hoje os momentos da decisão.
– Na hora em que o pênalti do Zapata foi para fora, se não tivesse aquele fosso eu ia mergulhar no meio da torcida. A alegria de participar daquele momento por um clube que hoje é centenário, sendo eu o goleiro, é indescritível – recorda o eterno camisa 12 dos palmeirenses.
A CAMPANHA
Ao lado do rival Corinthians e dos paraguaios Olímpia e Cerro Porteño no Grupo 3, o Palmeiras arrancou na Libertadores de 1999 em grande estilo: vitória no clássico paulista por 1 a 0, gol de Arce, em jogo disputado no Morumbi, no dia 27 de fevereiro. Mas engana-se quem acha que o time comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari teve vida fácil na chave. A classificação para o mata-mata veio somente na última rodada, diante do Cerro Porteño, no Palestra Itália, com uma vitória de virada por 2 a 1.
Contratado em julho de 1997, Felipão sofreu grande resistência na sua chegada ao Verdão. Acostumada a ver equipes técnicas e que apresentavam um futebol vistoso, a torcida não aceitou logo no início a filosofia adotada pela nova comissão técnica. O toque de bola e os lances de efeito foram substituídos por cruzamentos para a grande área e muita raça.
– Aquela mudança era necessária para conquistar a Libertadores. O grupo entendeu isso rapidamente, mas a torcida demorou um pouco. Foi muito importante e me favoreceu pela maneira como eu atuava, por ser guerreiro e de muita marcação, por falar e participar muito. O grupo entendeu e, por isso conquistamos o título, nos tornamos um time muito forte dentro e fora de campo – recorda Galeano, reserva do time campeão.
– A Libertadores é um campeonato diferente, de muita disputa e briga. Era fundamental ter um estilo como esse e ter o Felipão como treinador – completa o goleiro Velloso.
A segunda colocação no grupo colocou o Verdão no caminho do Vasco, que defendia o título, logo nas oitavas de final. Mas uma lesão do titular Velloso colocou o Palmeiras nas mãos de Marcos. Com atuações brilhantes, contra os cariocas e, principalmente, contra o Corinthians na disputa por pênaltis das quartas de final, o goleiro não apenas se tornou peça fundamental na equipe palmeirense como foi até “canonizado”. O camisa 12 manteve sua rotina de “milagres” contra o River Plate, na semifinal, e contra os colombianos do Deportivo Cali, na decisão. Saiu do banco para a História.
– Foi uma campanha complicada do começo ao fim. A maneira como chegamos foi desgastante. Vencer nos pênaltis o maior rival, bater os argentinos, perder o primeiro jogo da final e ganhar nos pênaltis de novo. Foi tudo ao extremo, foi uma exigência ao máximo de todos. Tive até de fazer infiltração no pé para ficar no banco – afirma o atacante Evair.

SÃO MARCOS
Grande nome das conquistas do Campeonato Brasileiro de 1994, do Paulistão de 1996 e da Copa do Brasil de 1998, Velloso começou a Libertadores de 1999 como titular indiscutível do gol da equipe comandada por Felipão. Mas uma lesão muscular durante a fase de grupo tirou o arqueiro do time e deu oportunidade para Marcos se firmar de uma vez por todas no Palmeiras.
– A exemplo do que aconteceu no Paulista de 1993, quando comecei como titular, mas quebrei a mão e o Sérgio terminou o campeonato, na Libertadores eu também comecei jogando. Nós tínhamos muita convicção da conquista. Mas eu saí da disputa. E foi aí que o Marcos surgiu. Mas já era o momento também – conta Velloso.
Na reta final da primeira fase, o camisa 12 atuou nas últimas duas rodadas: derrota para o Corinthians e vitória contra o Cerro Porteño. Mas foi no mata-mata que a estrela do xodó dos palmeirenses brilhou.
Diante do Vasco, empate em São Paulo e vitória por 4 a 2 em São Januário, local onde os cariocas defendiam longa invencibilidade. Nas quartas, um novo duelo contra os rivais corintianos e uma vitória de 2 a 0 para cada lado. Nos pênaltis, deu Palmeiras. E deu São Marcos.
– O Corinthians é o nosso maior rival. Naquele jogo sentimos que o título estava cada vez mais próximo. Quando pegamos o Corinthians foi duro, mas vimos que estávamos ali para ser campeões. O Felipão nos passava isso. Nesse jogo entendemos e tivemos a abertura para o título – relembra Galeano.
Apesar de ser apontado pela maioria como o grande responsável pelo histórico título do Palmeiras, Marcos mantém humildade e divide as glórias da conquista da Libertadores com os companheiros.
– O time era muito bom. O goleiro é muito dependente da equipe. Se você estiver jogando em um time ruim, não vai ganhar mesmo. Numa equipe boa a condição é grande, e o nosso time da Libertadores me deu essa condição. Eu entrei e não era uma estrela, era coadjuvante. Só fiz a minha parte e só ganhamos porque o time era forte – diz o ex-goleiro.
GOL, EXPULSÃO, TENSÃO E FESTA
No dia 16 de junho o Palmeiras entrou em campo com Marcos; Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio, Rogério, Zinho e Alex; Paulo Nunes e Oséas. Depois de um empate sem gols no primeiro tempo, o time voltou do intervalo com um velho conhecido na equipe: Evair, o herói do fim da fila alviverde em 1993.
O jogo nervoso apitado pelo paraguaio Ubaldo Aquino só começou a melhorar a favor dos donos da casa aos 19 minutos do segundo tempo. Após toque de mão de Yepes dentro da grande área, Evair cobrou pênalti com tranquilidade e deu a vantagem que os palmeirenses precisavam para, pelo menos, levar a decisão para as penalidades.
O gol de Zapata, aos 24 minutos, foi um balde de água fria no Palestra Itália. Mas aos 30, Júnior apareceu pela esquerda e cruzou na medida para Oséas recolocar o Palmeiras na liderança do placar: 2 a 1. O que nenhum dos torcedores e dos jogadores esperava era uma decisão confusa do árbitro, que resolveu expulsar Evair e Mosquera nos minutos finais da partida.
– Aquela partida me reservou uma situação inusitada de ficar no banco, entrar, bater pênalti e ser expulso. Foram momentos de vida que em alguns minutos só o Palmeiras poderia me proporcionar. Vivi todos os sentimentos que um ser humano pode ter, como jogador profissional, como pessoa, como pai, como filho. Tudo me passou pela cabeça, principalmente quando eu estava no vestiário. Eu estava ofegante, cansado e não podia fazer mais nada. Só tinha de esperar a decisão – conta Evair.
Acostumado a ser decisivo dentro de campo, Evair teve de viver os últimos momentos da Libertadores de 1999 nos vestiários. Sem televisão, o atacante se ajoelhou ao lado de uma maca do departamento médico alviverde e acompanhou as cobranças decisivas tentando interpretar a reação dos torcedores. 
– Eu estava ajoelhado ao lado de uma maca e um padre do outro lado. Foi impressionante o que vivemos ali dentro. Não podia bater pênalti, fazer mais nada, apenas orar. De repente, tudo ficou em silêncio, tudo parou naquele primeiro pênalti. E tinha acontecido o pior, o erro do Zinho. Mas depois a arquibancada começou a gritar cada vez mais, achei que tudo fosse cair nas nossas cabeças. Quando menos esperávamos, alguém veio dizer que o Palmeiras era campeão. Ali tirou todo aquele peso e veio o alívio – completa.
Fonte - Globo.com

sábado, 7 de junho de 2014

Jogos Para Sempre - O jogo mais emocionante na História do Palmeiras

O jogo que meu querido e saudoso pai me recomendou como um dos mais emocionantes do Palmeiras na sua história...e é verdade...com dois gols de Euller no final, o verdão consegue a classificação que ninguém acreditava mais...Assista essa entrevista com Euller - "O filho do vento", contando como foi a emoção daquele jogo inesquecível em pleno Parque Antarctica lotado...com os gols do jogo.